A história da Vera Rezel é daquelas que mostram que, às vezes, é o destino que insiste até a gente aceitar. E quando a gente aceita, tudo se transforma.

Vera estudou nas escolas Manoel Abreu e Monsenhor Assis, e por muito tempo trabalhou como auxiliar em um laboratório de análises clínicas. Foi nesse ambiente que seu caminho começou a tomar forma.

“Minha chefe me colocou na coleta e disse que eu precisava me especializar. Na época, já tinha até ganhado uma bolsa do SEG, mas recusei… acho que por medo. Passei adiante.”

Antes disso, chegou a iniciar o curso técnico em radiologia, por conta de uma inscrição feita de forma errada em um programa gratuito do governo — mas mesmo assim, ela não recusou.

“Pensei: já que apareceu, vou tentar.”

E aí veio outra oportunidade: o curso técnico em enfermagem.

“Confesso que comecei contrariada... Mas eu sabia que era pelo meu crescimento profissional.”

O início foi desafiador, mas transformador.

“Antes eu era bem mais insegura. Hoje, o curso me deu confiança, aprendizado… e me ensinou a olhar com mais amor para o outro. A se colocar no lugar do outro.”

Com o tempo e a prática, tudo foi se encaixando. O nervosismo no estágio deu espaço ao encantamento pela profissão.

“No início, como a maioria dos colegas, fiquei nervosa, insegura. Mas com o tempo entendi o quanto essa profissão é linda. É bom demais poder transmitir amor, ser apoio emocional para alguém que está vulnerável.”

Hoje, com quase 6 anos de atuação no GHS, Vera se sente uma profissional realizada.

“Melhorei como ser humano. Todos os dias a gente aprende algo novo. Todos os dias alguém toca a nossa vida. E a gente também faz diferença na vida das pessoas.”

Ela guarda com carinho os nomes de professores e profissionais que marcaram sua trajetória, como Ivania Canabarro, Leandro Rosa, Carmen, Polano e Telvio Franco.

“Todos humanos, competentes, qualificados. Pessoas que me inspiraram e fizeram parte dessa caminhada.”

E deixa um conselho pra quem ainda está em dúvida:

“Faça o curso. É maravilhoso. A gente pode ajudar alguém com uma palavra, um sorriso... e isso já faz toda a diferença.”

Hoje, Vera segue seu plano de vida: continuar ajudando quem precisa.

Porque, como ela mesma diz, foi o curso que escolheu ela — e foi a melhor escolha que a vida poderia ter feito.